O que é redundância e como aplicá-la no backup?
Índice:
- O que é redundância e como aplicá-la no backup?
- Os arranjos RAID e o espelhamento
- A importância do arranjo RAID no backup
- A escolha do destino de backup correto
- A retenção dos arquivos
- O desperdício de espaço
- Os tipos de cópia
- A praticidade do backup 3-2-1
- As ferramentas automáticas de backup
- As verificações de integridade
- A solução prática para ambientes domésticos
- Dúvidas frequentes
A exclusão acidental de documentos não é uma situação restrita ao ambiente corporativo. Na verdade, ela ocorre frequentemente também em computadores pessoais, afetando tanto empresas quanto usuários domésticos.
Quando isso acontece, costumam surgir diversos transtornos, pois o processo de restauração dos arquivos pode ser bastante trabalhoso, além de nem sempre garantir a recuperação total do conteúdo perdido.
Apesar dos riscos, muitos usuários ainda insistem em ignorar a possibilidade real de falhas em seus discos rígidos ou em módulos SSD, agindo como se esses problemas fossem distantes da sua realidade.
Essa postura, associada à ausência de métodos eficientes de proteção para os dados armazenados, acaba favorecendo situações em que as perdas se tornam prolongadas e, muitas vezes, irreversíveis.
Nesse cenário, adotar estratégias que previnam impactos e minimizem o tempo de inatividade é fundamental para preservar a disponibilidade dos dados em qualquer ambiente, seja doméstico ou empresarial.
Diante desse contexto, surge a necessidade de entender o conceito de redundância e como aplicá-lo corretamente nas rotinas de backup, garantindo mais segurança para as informações.
O que é redundância e como aplicá-la no backup?
Redundância é uma tecnologia que envolve a duplicação de componentes ou de processos com o objetivo de aumentar a segurança de um sistema, sendo especialmente importante em ambientes que exigem alta disponibilidade e continuidade operacional, mesmo diante de falhas de hardware ou software.
Nos sistemas de backup, a aplicação da redundância significa manter múltiplas cópias dos dados em diferentes locais, garantindo que a consistência e a integridade das informações sejam preservadas mesmo em caso de falhas em algum dos dispositivos.
Essa prática reduz significativamente os impactos de eventos externos e contribui para manter a disponibilidade dos arquivos, mesmo que um componente fundamental, como um SSD, apresente defeito inesperado.
Na maioria das estratégias de backup, a redundância é implementada por meio de equipamentos que permitem configurar arranjos de RAID, possibilitando o espelhamento automático dos dados armazenados.
Os arranjos RAID e o espelhamento
Os conceitos de espelhamento e RAID são frequentemente mencionados em soluções que visam a duplicação de arquivos digitais, uma vez que representam formas eficientes de garantir a segurança e a integridade dos dados.
Ter espelhamento de dados significa manter cópias idênticas dos arquivos em dois ou mais discos rígidos, o que aumenta consideravelmente a proteção contra falhas e elimina o risco de perda total de informações.
No espelhamento, cada operação de leitura ou escrita é executada simultaneamente em ambos os discos, o que assegura que, caso um deles apresente defeito, o outro continuará armazenando uma cópia íntegra dos arquivos.
Os arranjos RAID englobam esse tipo de estrutura em um de seus níveis, chamado RAID 1, que é especialmente voltado para o espelhamento de dados e oferece alta confiabilidade para ambientes críticos.
No entanto, os arranjos RAID não se limitam apenas ao espelhamento, pois existem diferentes níveis, como RAID 0, RAID 5 e RAID 6, cada um definindo uma forma específica de distribuir e proteger os dados armazenados nos discos.
Algumas matrizes de disco permitem reunir vários hard disks ou SSDs em um único arranjo, o que eleva a confiabilidade e ainda melhora o desempenho do sistema de armazenamento.
Em cada nível de RAID, a tecnologia determina como os dados serão distribuídos entre os discos e qual será o nível de proteção oferecido, sendo possível combinar arranjos para obter ainda mais redundância e desempenho.
Graças a essa flexibilidade, os arranjos de disco se tornaram soluções populares em servidores, storages e outros equipamentos voltados para ambientes que exigem alta disponibilidade e segurança.
A importância do arranjo RAID no backup
O uso de um arranjo RAID é fundamental para garantir a proteção dos dados e minimizar riscos operacionais recorrentes, pois ele organiza os arquivos em discos diferentes e cria um sistema equilibrado, otimizando a velocidade de leitura e gravação.
Mesmo que ocorra uma falha física em um dos discos, o conjunto permanece ativo, evitando paralisações inesperadas e a perda de informações valiosas para o usuário ou para a empresa.
Com discos funcionando de forma paralela, o acesso aos dados se torna mais ágil e a restauração pode ser realizada rapidamente, sem grandes prejuízos para a continuidade das operações.
Essa arquitetura fortalece o ambiente de backup, oferecendo redundância e confiabilidade, além de apresentar um excelente custo-benefício em relação ao nível de proteção proporcionado.
A escolha do destino de backup correto
A escolha do destino adequado para o backup é um fator que impacta diretamente a segurança e a disponibilidade dos dados, sendo essencial optar por soluções robustas e confiáveis.
Dispositivos simples, como pendrives ou HDs externos, até ajudam em situações pontuais, mas não oferecem proteção suficiente contra falhas graves ou perda acidental de dados.
Soluções que oferecem suporte a RAID, como storages dedicados, proporcionam desempenho superior e garantem maior confiabilidade operacional, especialmente em ambientes que dependem da integridade das informações.
Os NAS domésticos também desempenham bem esse papel, pois integram múltiplos dispositivos e permitem funções automatizadas de sincronização e backup, facilitando a proteção dos arquivos.
Ao combinar armazenamento local com backup offsite, é possível criar uma barreira robusta contra perdas e indisponibilidades repentinas, assegurando maior resiliência para os dados críticos.
A retenção dos arquivos
A retenção de dados refere-se ao período em que os documentos permanecem disponíveis nos sistemas de armazenamento, sendo fundamental para evitar perdas causadas por corrupção ou exclusão indevida de arquivos importantes.
Manter versões antigas dos dados é uma prática que previne problemas, pois possibilita restaurar o sistema para um momento anterior, recuperando conteúdos que foram alterados ou excluídos de maneira não intencional.
Ferramentas como Acronis True Image e Macrium Reflect oferecem configurações flexíveis de retenção, permitindo ao usuário ajustar o histórico de backups de acordo com suas necessidades específicas.
Essa flexibilidade é especialmente útil para quem trabalha com arquivos críticos, pois ter um histórico ampliado facilita a restauração em casos de erro humano ou de falha técnica.
O desperdício de espaço
Manter muitas cópias do mesmo disco rígido pode rapidamente consumir grande parte do espaço disponível para armazenamento, tornando essencial o equilíbrio entre o volume de dados e o número de versões mantidas.
Por isso, é importante estabelecer uma rotina disciplinada de gerenciamento das revisões, minimizando riscos de incidentes e permitindo analisar cada etapa do ciclo de vida dos documentos armazenados.
Para facilitar esse controle, alguns equipamentos já oferecem rotinas automáticas de duplicação e limpeza, executando a exclusão de dados em intervalos regulares e mantendo apenas as cópias necessárias.
Com isso, cada nova cópia gerada pode substituir ou complementar a anterior, garantindo a integridade e o histórico adequado das informações sem desperdício de espaço.
Os tipos de cópia
O backup pode ser realizado de diferentes formas, como completo, incremental e diferencial, sendo que cada estratégia apresenta características próprias e atende a necessidades distintas de proteção.
A definição sobre qual técnica adotar depende do volume de informações armazenadas e da janela de tempo disponível para manutenção em cada ambiente, seja ele doméstico ou corporativo.
No backup completo, todos os arquivos são copiados integralmente, o que consome mais tempo e espaço, mas garante a máxima segurança em relação à integridade dos dados.
O backup incremental realiza cópias apenas das modificações ocorridas desde a última execução, otimizando recursos e tornando o processo mais rápido e eficiente.
Já o método diferencial copia todas as alterações feitas após a última cópia completa, criando um meio-termo entre a segurança do backup total e a agilidade do incremental.
Com isso, para restaurar o sistema, basta utilizar a cópia completa mais recente e o arquivo diferencial correspondente, agilizando o processo de recuperação.
O uso adequado dessas modalidades reduz a quantidade de operações de leitura e escrita, além de acelerar o procedimento de backup e restauração dos dados.
Apesar de a cópia completa ser mais segura, executá-la com muita frequência pode aumentar o tempo de inatividade do sistema, enquanto as estratégias incremental e diferencial exigem um gerenciamento mais criterioso.
A praticidade do backup 3-2-1
A estratégia de backup 3-2-1 recomenda manter sempre três cópias dos dados, armazenadas em duas mídias diferentes, sendo uma delas mantida em um local externo, fora do ambiente principal.
Essa abordagem abrange tanto a duplicação local dos arquivos em discos independentes quanto a proteção adicional obtida ao armazenar uma cópia em outro local, como um serviço de nuvem ou uma unidade offsite.
Dessa forma, caso ocorra um incidente local, como falha de hardware ou desastre físico, nem todos os dados serão comprometidos simultaneamente, preservando a continuidade das operações.
Aplicar esse modelo permite equilibrar o custo e a segurança, pois a combinação do uso de um disco local, um NAS doméstico e um serviço em nuvem reduz a exposição a possíveis ameaças e amplia a resiliência dos dados.
Mesmo que uma falha venha a corromper o disco principal, ainda haverá alternativas para recuperação em outros dispositivos, garantindo mais tranquilidade ao usuário.
Além disso, o sistema de backup 3-2-1 pode contar com métodos automáticos de replicação, sincronizando todas as atualizações em segundo plano e mantendo todos os ambientes protegidos.
As ferramentas automáticas de backup
Softwares como IDrive, Cobian Backup e AOMEI Backupper tornam a tarefa de executar cópias externas muito mais simples, pois permitem agendar horários, selecionar pastas específicas e definir métodos incremental ou diferencial conforme a necessidade.
Com a programação automática, o processo de backup ocorre sem a necessidade de intervenção humana, evitando esquecimentos e garantindo que os dados estejam sempre protegidos na frequência desejada.
Combinar essas ferramentas com um storage NAS local facilita a restauração do ambiente, evitando os atrasos que podem acontecer devido a conexões lentas ou indisponibilidades momentâneas.
Tecnologias de sincronização também contribuem para manter a consistência entre vários dispositivos, incluindo notebooks, smartphones e tablets, fazendo com que qualquer alteração se reflita imediatamente em todas as réplicas.
Alguns NAS já oferecem esse sincronismo integrado, inclusive com capacidade de replicação para serviços em nuvem, embora exijam conexões de internet estáveis para garantir a eficiência do processo.
As verificações de integridade
Realizar verificações regulares de integridade é fundamental para garantir que nenhuma informação corrompida passe despercebida, mantendo a confiabilidade dos dados armazenados em backups.
Métodos como checksums, utilizando algoritmos como MD5 ou SHA-256, permitem calcular um código único baseado no conteúdo gravado, facilitando a identificação de alterações ou corrupções indesejadas.
Se durante uma leitura posterior o código gerado for diferente do original, isso indica que houve algum problema com o arquivo, exigindo uma ação corretiva imediata.
Essas validações podem ser automatizadas por aplicativos especializados ou por rotinas internas dos sistemas operacionais, como Linux e Windows, tornando o processo mais prático e eficiente.
Após cada duplicação, sistemas de backup profissionais comparam o checksum atual com o registrado anteriormente, alertando para qualquer divergência e permitindo a correção antes que o problema se agrave.
A inclusão dessas checagens deve ser encarada como parte essencial das rotinas de backup, pois elas aumentam a garantia de integridade e possibilitam a identificação rápida de anomalias recorrentes.
A solução prática para ambientes domésticos
Um NAS Qnap equipado com dois discos é uma solução confiável e eficiente para a maioria dos ambientes domésticos, pois utiliza o RAID para espelhar o conteúdo e proteger os dados contra falhas inesperadas.
Além disso, essa solução elimina a necessidade de mensalidades em serviços de nuvem e proporciona maior velocidade na recuperação de arquivos em caso de incidentes, tornando o gerenciamento do ambiente mais acessível.
Nesse tipo de equipamento, a configuração é simples, a manutenção é facilitada e é possível garantir retenção prolongada, além de ter controle total sobre a segurança dos próprios dados.
A Storcenter oferece esses equipamentos e presta serviços de instalação, suporte, treinamento e assistência técnica, facilitando a implementação e a manutenção das soluções de backup em residências e pequenas empresas.
Investir em uma solução assim assegura a continuidade das operações e a privacidade dos dados, prevenindo transtornos e reduzindo significativamente os riscos de perdas irreparáveis.
Dúvidas frequentes
1- Como escolher o melhor método para copiar informações em casa?
A escolha do método ideal para cópia de informações em ambientes domésticos depende do volume de arquivos a ser protegido e do nível de segurança desejado, pois quem manipula grande quantidade de dados precisa de soluções mais robustas, como arranjos RAID, enquanto usuários com poucas pastas podem recorrer a HDs externos ou pendrives, mesmo sem recursos avançados de redundância ou automação.
2- Existe diferença entre RAID via hardware e via software?
Sim, existe diferença entre as duas abordagens. O RAID via hardware utiliza uma controladora física dedicada, responsável por gerenciar todo o processo de espelhamento ou de paridade dos dados, enquanto o RAID via software depende dos recursos do sistema operacional, dispensando placas adicionais, mas exigindo atenção ao uso da CPU e da memória RAM do computador.
3- Como lidar com limitações de espaço ao criar múltiplas versões de backup?
Para lidar com limitações de espaço ao criar diferentes versões de backup, é recomendável utilizar técnicas de compressão para reduzir o tamanho dos arquivos armazenados, além de estabelecer políticas claras de retenção, definindo quantas cópias serão mantidas e programando revisões periódicas para excluir versões antigas e liberar espaço sem comprometer a segurança.
4- Quais benefícios de um NAS doméstico para cópias automáticas?
O NAS doméstico oferece rapidez e integração à rede local, permitindo que todos os dispositivos da casa tenham acesso aos arquivos e possam agendar cópias automáticas, além de contar com recursos como espelhamento de discos, criptografia e centralização de dados, o que garante que informações importantes não fiquem dispersas ou desprotegidas.
5- O que escolher: serviço em nuvem ou armazenamento local?
Os serviços em nuvem oferecem praticidade e acesso remoto, mas envolvem riscos relacionados à privacidade, custos recorrentes e dependência da internet, enquanto o armazenamento local, como um storage NAS, proporciona controle total do ambiente, maior velocidade de recuperação e maior autonomia, sendo ideal combinar as duas soluções para obter o melhor equilíbrio entre praticidade online e solidez do backup local.
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